O Nordeste brasileiro é uma região onde as condições climáticas são diferentes das outras do Brasil. Isso tem gerado muitas polêmicas tanto no próprio Nordeste como nas outras regiões do país, especialmente entre o povo paulista, que veem o Nordeste como lugar de fome.
Fome? Sim, fome! Realmente não é um lugar de farturas da natureza, como a Amazônia, Pantanal etc.
Cabral quando aqui aportou, juntamente com seus navegadores, ficou deslumbrado com tanta beleza. E estava no Nordeste. A beleza natural do Rio de Janeiro, tempos depois, atraiu os portugueses para lá, pois esses gostavam de boa vida e não vinham para o Brasil só para trabalhar. O intuito era saquear toda a riqueza aqui existente e voltar à terra natal. Daí foram surgindo os caçadores de ouro, chamados pela História de Bandeirantes, talvez por carregarem bandeiras com a finalidade de demarcarem território. Foi assim que surgiram muitas localidades, inclusive São Paulo.
Por facilidades as pessoas vão se aglomerando em tais e tais locais, como no Complexo do Alemão, atualmente. Mas naquele tempo onde ainda não havia rodovias, onde a vastidão da mata parecia não ter fim, não existiam favelas, apenas habitações toscas espalhadas sem nenhum nexo, como as favelas são hoje, aliás, a lógica antigamente era a água e um pedaço de terra para cultivar, hoje a lógica das favelas é não dormir na rua para a maioria, para alguns é a posição privilegiada de manipular “certas coisas”.
Pois bem! Parte dos paulistas tem uma birra com os nordestinos, como se esses últimos tivessem invadindo seu território. Território? De quem, afinal? Será que um dia os nordestinos disseram: “Vamos invadir São Paulo!”? ou será que a a sua capital começou a ter investimentos externos e pouca mão de obra para concretizarem os investimentos? Talvez essa mão de obra que lá tinha fosse parecida com a dos portugueses... Assim como os escravos vieram para ajudar nos serviços que nós, brasileiros, não tínhamos coragem para enfrentar por preguiça, os paulistanos começaram a chamar os nordestinos para fazerem aquilo que eles não tinham coragem.
Não vamos falar de competição tecnológica entre o Sudeste e o Nordeste porque seria covardia, afinal, os nordestinos, assim como os africanos, desgarraram-se de suas terras para construir o progresso de outras. Alguns famosos, depois do episódio feio que alguns paulistas fizeram com a eleição de Dilma, culpando os nordestinos, já expuseram, em contraponto, a enorme contribuição de ilustres nordestinos para o desenvolvimento e para a cultura do país. Mas vale lembrar aqui que brasileiro é brasileiro, que quando chega em um país desenvolvido é tido como pessoas preguiçosas, sem confiança, subdesenvolvidas nos aspectos intelectual e cultural, como gente que não sabe se posicionar com decência e é meio analfabeto etc. etc. Sei que esses brasileiros que andam pelos países desenvolvidos, em sua maioria é do Sul e do Sudeste, raros nordestinos vão ao exterior, então, por que somos tão mal vistos lá fora? Por que reproduzimos esse preconceito idiota entre a mesma Nação?
Tem gente que ainda não descobriu a sua origem porque nunca estudou a teoria de Charles Darwin, como é o caso dessas pessoas do Sudeste. Tem gente que ainda não percebeu que dentro da sua própria terra está criando tantas desigualdades que já não saem de casa com medo de serem assaltadas ou mortas. Tem gente que pensa que o mundo “globalizado” é um mundo desenhado por uma linha incongruente ou em ziguezague. Globalizado não vem de globo, significando um todo?! Tanto no Nordeste brasileiro como na África e na Índia já tem Internet; o currículo das escolas são comuns a todas as regiões do Brasil, assim como a prova da OAB, senhorita futura “advogada”, essa profissão também é exercida no Nordeste após o bacharel se submeter à avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil.
Tem gente que evolui maravilhosamente sua parte intelectual, mas a parte moral é um esgoto por onde jorra o mais fétido lodo que polui as esferas da Justiça e da Ética.
Mas não esqueçam: Todos nós somos descendentes dos primatas, alguns já desceram do galho, mas outros ainda precisam perder a cauda.
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