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quinta-feira, 28 de maio de 2009

O Povo, o Governo, a Democracia e a Burrinha

Não há povo sem poder, mas há povo que não usa o poder.

No princípio era apenas o povo, depois apareceram os governos, só transcorrido muito tempo veio o termo democracia, exercida ou não. Formou-se, então, a tríade: Povo-Governo-Democracia. Bem, aqui cabe conceituar os termos. Povo é a quantidade maior, quase absoluta,de gente sobre (e debaixo) da terra; são os nossos familiares, nossos colegas, amigos, conhecidos, os passantes e os “chegantes”, a multidão, é nós: você e eu. O Povo é meio sem juízo e vive sempre no prejuízo, bagunça e furdunça, festeja e peleja, ama e odeia, vive reto e cheio de arrodeios (como eu aqui), corre só pra depois se arrastar, tem dois pés pra caminhar mas prefere parar e descansar, grita e reclama de zoada etc., etc... O Povo não tem educação, não se comporta como irmão, é egoísta e pessimista. O Povo é também aquele que ama, que estende a mão, que reparte o pão, que se realiza em sociedade.

O Povo interage e age racionalmente, mesmo que só pense em si, e esse “pensar em si” é o X da questão. Começa com ambição e termina em corrupção. A partir daí, quando o povo não consegue acessar à corrupção, delega-a a quem a possa praticar. Aí se inicia a relação de globalização dos bens, serviços e capital. Globalização é a perda da identidade, além, muito além do comércio entre nações.

Os Governos, no princípio, se instalaram, depois, para se manterem no poder, inventaram a democracia: o povo no poder por indicação em papel que chamaram de voto. Voto é poder... para quem é eleito. É um paradoxo esse tal de poder, que é e não é querer. O povo pensa que colocou um Governo seu para governar, mas não existe governo do povo para o povo, o que existe é alguém que assume um esquema que perpetua o sistema. E o Governo, que é parte do Povo, ao assumir destitui todo poder popular. Chegaram a criar um contrato social, que chamaram de Constituição, e nela puseram direitos e deveres. Dever é tudo aquilo que você é obrigado a cumprir, como pagar impostos, caso o Povo sonegue, ih! aí tem multa e cadeia. Direito é, por exemplo, tudo que o Governo deve ao Povo, como saúde gratuita, garantia de moradia, etc., etc. e se o Povo não receber, nada acontece ao Governo.

Governo é tipo gato (que me perdoem os felinos), quando quer algo fica roçando, mas quando não quer que o Povo sente na poltrona que lhe é de direito, ih! morde e arranha. Coitado do Povo.

Você que está lendo este texto, seja sincero: Você confia no governo a ponto de “dormir o sono dos justos”, acreditando que tudo que depende dele está nos trilhos? Se você confia, parabéns! Volte a dormir. Mas aqui vai uma dica: acorde na calada da noite e reveja se seu sono é realmente o dos justos, se realmente não tem ninguém sofrendo por omissão do seu governo. Se tudo está “lindo e maravilhoso”, excelente! Volte a dormir.

Parte do Povo acha que o Governo está consertando o mundo, que os erros são do passado. Mas que passado? O passado que passou, o que está passando ou o que vai passar? Tudo, às vezes, é passado. Raul Seixas diz em uma música que: “O hoje é apenas um furo no futuro por onde o passado começa a jorrar...”. o presente é efêmero, o futuro não é tangível, mas o Povo não percebe.

Coitado do Povo.

Deixo claro aqui que o Governo não é somente um presidente, um governador, um prefeito. Governo é uma máquina, antigamente ensinada na escola primária, ginásio e colegial que ela é constituída pelo Executivo, Legislativo e Judiciário. Hoje, aprende-se o que é Governo nos domínios da Internet: www. xxx. gov.br, onde o gov significa governamental, com um grande problema no “br”. O Povo se preocupa muito com o Executivo e não atenta para o Legislativo, que está mais desacreditado do que o IBIS ser campeão do mundo. As Leis não asseguram a moral tão apregoada, propagada; também o Judiciário é inócuo à grande maioria que transgride a Constituição Federal... mas o Povo não a conhece, só ouve falar dela. Então, cadê a cidadania?

Povo Ignorante, Governo Dominante! Povo Ignorante, Governo Inoperante. Mas se você duvida, precise do SUS, de Defensoria Pública. A Justiça funciona bem (para você) se você puder pagar um bom advogado, do contrário, é melhor ir se “queixar ao Papa”, mesmo não sendo católico.

Ah! O Governo! Os governos, as formas de governo, os Poderes Governamentais!

E a Burrinha? Ah! Eu ia esquecendo da Burrinha, mas pode montar que o Governo segura o cabresto para você.

Espedito, em maio de 2009

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