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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Era um dia...

Era um dia
Um dia de dia
Não havia noite,
Pois o dia não admitia.

Havia pássaros, melodia...
Não havia tristeza,
Pois mais forte era a alegria.

E o vento?!?
Balançava tudo e ria, ria...
Com tudo ele mexia.
Que ironia!

A onda vinha e ia.
Não parava,
Porque ela não podia,
Mas “zuava” e espumava.

Um olho olhava, olhava...
Uma lágrima rolava,
Nem o vento a secava.
O sol brilhava.
Outra lágrima escorria.
O olho não queria,
Mas o coração...
Coitado do coração,
Com tanto amor,
Com tanta flor.
Mas sem a emoção
Que embala a paixão...
Coitado do coração!
Ele não queria imitação,
Não queria a dor.
O coração não suportou.
Coitado do coração!

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