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domingo, 21 de março de 2010

Em tempo de rascunho é bom lembrar!

A vida é como uma tela a óleo, cada um tem seu estilo próprio de pintar, quer seja na mistura das tintas, quer seja na forma como dá as pinceladas. Uns pintam a natureza “morta”, outros pintam a própria vida bem vivida... O fato é que cada um tem sua preferência, que pode até coincidir com a de outrem, sem, no entanto, perder seu jeito peculiar.
Na história temos muitas telas famosas, na sua maioria só se tornaram famosas depois que seus artistas não mais estavam aqui para o merecido reconhecimento de suas obras.
Existem aqueles que pintam o “evidente”, o “comum”, sendo que o toque pessoal torna a pintura especial e o comum se torna uma raridade; já os supra-realistas (surrealistas) provocam uma impressão confusa quando a tela é observada de perto, temos que nos afastar um pouco para perceber a beleza que existe, é o fruto do inconsciente que se torna aparentemente consciente; sendo que cada um pode pintar o que lhe convém, os impressionistas deformam a forma, reformam, enformam e transformam para que cada observador possa dar a forma que quiser, a partir de seu estado emotivo provocado pela informação da obra.
Aqui, no nosso cotidiano, o que fazemos é “pintar telas”, e elas têm significados especiais para cada pessoa. São nossas “telas” que dão cores e formas para todos. Sem pintarmos, tudo não passaria de inúmeros e meros quadros brancos, não teríamos esse imenso e lindo mosaico, onde cada qual deixa sua marca nessa construção coletiva.
Não importa qual o seu estilo ou o que você pinta, o importante é pintar sem borrões, sem deixar manchas na arte de toda a humanidade. É melhor ser um bom pintor anônimo (para muitos) do que ser reconhecido por todos como aquele que arranhou a tela.

Espedito

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