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domingo, 5 de junho de 2022

Boba conversação!

A humanidade se acostumou a uma condição de seguir um só caminho. Salvo alguma exceção, não evoluímos como estamos acostumados a ouvir. O desenvolvimento de alguns instrumentos, de serviços mais aperfeiçoados não significa “evolução”, para mim não passam de necessidades básicas para suprir as deficiências mais elementares, como preservação da vida pela medicina, encurtar distâncias pelas carências de nós locomovermos.
O potencial humano é grande, porém, maior é a sua mediocridade frente à construção de uma sociedade que não seja tão egoísta, cega ao que seria uma verdadeira ecologia – cuidar da própria moradia, em termos mais amplos, e das pessoas que são ou pensam diferente da concepção vigente pela esmagadora maioria de quem não consegue enxergar mais que um palmo à frente.
Nesse ínterim, defendemos a sobrevivência das nossas “mordomias” desejadas, quase nunca conquistadas. Torcemos por um time, escolhemos uma religião e um político que nos represente; a religião é moldada por nossas próprias convicções, o time quase sempre é paixão, o político quase, e muito provavelmente, é fruto da ilusão e nada menos do que uma cilada. Um bom político deveria, no mínimo, unificar uma sociedade, não a sua unificação de opiniões e concordância, mas uma unificação do alcance de boa administração, de respeito, honestidade e decência. Não devíamos estabelecer comparações entre os políticos para nele votarmos; deveríamos, primeiramente, não pensarmos apenas na nossa própria pessoa, , no que um ou outro deixou de fazer, porque, como diz o ditado: Se filho da puta voasse não se veria a luz do sol (que me perdoem as putas).
Lembro de um político quando ele disse que um bom político é como um pai. Será que precisaria desenhar melhor?
Qual político trata os cidadãos e cidadãs como trataria seus filhos, especialmente buscando suprir as necessidades dos que menos têm? Talvez devêssemos estar mais atentos a uma construção de sociedade mais inclusiva, não apenas para os deficientes ou que possuem transtornos, esses merecem que o mundo seja muuuuuito mais modificado para serem incluídos, mas uma sociedade que, a princípio, já considerasse os que estão fora da linha normalidade – os pobres e os miseráveis.
Ter um emprego, uma casa, um transporte não torna ninguém em uma pessoa rica, aliás, segundo o site UOL: “A renda mensal média de quem está entre os 5% mais ricos no Brasil é de R$ 10.313,00, conforme os dados da Pnad Contínua - Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE”. Pouco mais de 10 mil reais não é, ainda, suficiente para se ter boa saúde, especialmente se você for arrimo de família, mal pagará um plano de saúde medíocre, meio parecido com o atendimento do SUS. Lembrando que quem ganha um salário de 10 mil reais terá uma média de 3 mil reais de descontos, recebendo apenas 7 mil reais líquidos. Então, não pense que você é uma pessoa rica, seu salário mensal não consegue pagar uma UTI em um hospital médio por 2 dias.
Antes de comparar quem roubou mais ou roubou menos, antes de comparar quem é de esquerda, centro ou direita veja quem tem um projeto ou serviços voltados para sua situação no mundo, não apenas pela sua “ideologia” porque, no fundo, ela está mais para uma convenção do que para real convicção.
Se não conseguir ser esperto ou esperta, não seja medíocre. Não se iluda feito o pescador “que se encanta mais com a rede que com o mar".

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

A vida

A vida

A vida é o que em nós se retrata

Depende

Se você a vê de um lado bom

Ou de um lado que maltrata.

É...

Essa é a vida, nada além

Que uma dor mal sentida

Ou até mesmo

Que uma epopéia mal lida.

A vida

Se apresenta, às vezes

De uma certa forma

Que em nossa mente

Quase tudo se deforma.

Mas quando bem fitada

Bem que se parece

Com uma enluarada

Noite que aparece.

 

Para se viver,

Precisa-se de alegria

De otimismo a toda hora,

E alimentar-se de utopia;

Fazermos forte a vontde

Para que um dia

Possuamos a lierdade.

 

A vida

Quer seja para ti

Ruim ou boa,

Marque sua presença,

Não seja à toa.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Por quê tempo?

Vivemos em um mundo onde tudo ganha velocidade, onde o tempo é curto para nossos afazeres. Nesse tempo sem tempo não percebemos muitas coisas da vida, não trocamos o "grau" das nossas lentes há muito. Algumas pessoas nem sabem que "óculos" existem e que são eles que nos fazem perceber o que nos rodeiam.
Óculos de lentes fracas, faz-nos enxergar de forma distorcida. Mas esses tipos de lentes só nós podemos escolher. Não há oftalmologista para esse trabalho.
Às vezes as horas parecem intermináveis, basta se lembrar de um momento de espera ansiosa, mas em outros momentos reclamamos que não tivemos tempo. Por quê? Medo? Incapacidade de lidar com as coisas?
Lembro-me dos dias de inverno na minha vila, os dias eram tão longos que pareciam semanas, isso nos fazia pensar sobre o tempo, as coisas, o nome das coisas... Você já pensou sobre o nome das coisas? Elas (as coisas) ou seus nomes parecem esquisitos e sem propósito.
Hoje relembro que o tempo é mais relativo do que pensamos, mas não é só o tempo, nossas ideias também. Quanta diferença de outrora! Melhor agora ou antes? Essa é uma resposta que exige pensarmos além da materialidade das coisas, exige mergulhamos em nosso âmago. Mesmo assim ainda não teremos certeza de nada, apenas saudades, tristezas, lembranças... O que isso significa para nossa vida, também não sei, mas sei que "vivo" ou me sinto mais gente ao refletir sobre tudo isso.
E para encerrar essa minha indaga, lembro uma frase bela de Sheakspeare: "Toda despedida é dor, tão doce todavia que eu te daria boa noite até que amanhecesse o dia"